Ibovespa a 110,1 mil pontos com queda de 0,82% é o menor nível desde 20 de maio.

Ibovespa a 110,1 mil pontos com queda de 0,82%  é o menor nível desde 20 de maio.





Ibovespa perdeu um impulso modestamente positivo do exterior durante a sessão e começou a semana em queda após interromper sua série anterior de três semanas de vitórias.

Nesta segunda-feira, dia 6, recuou pelo segundo dia consecutivo, cedendo 0,82%, para 110.185,91, mais próximo da baixa do início da tarde (110.015,20) do que da alta da sessão (111.934,78), que abriu a (111.102,32), o preço de fechamento de segunda-feira foi o menor desde 20 de maio (108.487,88).

O faturamento financeiro na segunda-feira foi de 17 bilhões de reais. No início do mês, o Ibovespa acumulava perda de 1,05% em junho e alta de 5,12% no ano.

"A semana passada foi muito movimentada com dados relevantes como PIB, folha de pagamento aqui e nos EUA. Agora a separação do exterior vem acontecendo há alguns dias e às vezes o Ibovespa fica à frente no exterior. Então Rodrigo estrategista-chefe do Investin disse que o ajuste foi natural e não houve grandes novidades durante a reunião.

"Alguns setores continuam com bom desempenho, como os exportadores, enquanto as empresas de menor capital - small caps - e as empresas de consumo relacionadas à economia doméstica continuam sofrendo. Então, com algumas altas e outras baixas, o Ibovespa continua na posição que vimos, nesta faixa não há muito poder."

"Hoje os números do Caged foram mais fortes do que o esperado e os dados de atividade no país foram praticamente superiores ao que o mercado esperava no início do ano.

Mas o desempenho dos preços de mercado reflete o nível das taxas de juros nos EUA agora na Europa, com inflação muito alta em um período de 12 meses. Por outro lado, a China também reabriu impactando commodities.

Relacionado esta semana, espera-se começar a aumentar as taxas do euro o Economista-Chefe da Integral  Group Daniel Miraglia disse:

Na B3 (SA:B3SA3), no topo do índice na segunda-feira, Raia Drogasil (SA:RADL3) (+2,68%), CSN Mineração (SA:CMIN3) (+1,94%), Locaweb (SA:LWSA3) ( +1,69%) e Embraer (SA:EMBR3) (+1,16%).

Por outro lado, Hapvida (SA:HAPV3) (-6,15%), Positivo (SA:POSI3) (-6,13%) e Méliuz (SA:CASH3) (-6,11%). Entre as blue chips, o dia foi majoritariamente negativo, com exceção da Vale (SA:VALE3) (+0,10%) e Petrobras PN (SA:PETR4) (+0,07%).

Os bancos de grande capitalização perderam 1,24% (BB (SA:BBAS3) ON), com exceção do Bradesco (SA:BBDC4) PN (+0,10%). No setor siderúrgico, destacaram-se CSN (SA:CSNA3) (ON -3,51%) e Usiminas (SA:USIM5) (PNA -2,14%).

No âmbito doméstico, os mercados voltam a olhar para o lado fiscal com a aproximação da nova reunião do Copom na próxima semana, com a pressão do Planalto e de bases aliadas para que as equipes econômicas encontrem uma solução para o problema do combustível o mais rápido possível.

O calendário eleitoral começa a ganhar vida, a administração, o Congresso e os estados negociam como reduzir os preços dos combustíveis e da eletricidade.

Hoje, o presidente Jair Bolsonaro reconheceu que há pressão na economia para substituir Paulo Guedes, e espera que o ministro aborde o assunto nos próximos dias.

Guedes se reuniu nesta segunda-feira com o prefeito Arthur Lira (PP-AL), um dos líderes do Centrão, ao considerar a resposta do governo aos preços de combustíveis e energia, que serão vitais em 2023, as últimas pesquisas eleitorais mostram a chance de Luis Inácio Lula da Silva (PT) vencer no primeiro turno.

Em uma lista apresentada aos líderes políticos, o governo informou que 11 dos 14 países europeus optaram por reduzir os impostos sobre os combustíveis como mecanismo para lidar com o impacto econômico dos altos preços do petróleo.

Nos EUA, vários estados, incluindo Nova York, estão suspendendo ou congelando coleções Adriana Fernandes, jornalista do Estadão de Brasília, informou que o imposto sobre combustíveis foi cobrado.

A gasolina de refinaria da Petrobras cai 20% em relação ao mercado internacional sem reajuste há quase três meses (87 dias), segundo o jornalista carioca Denis Luna, a maior desde meados de maio, nível nunca antes visto.

Oembargo da União Europeia (UE) às importações de petróleo da Rússia manterá os preços das commodities em alta, pelo menos até o final do ano, embora tenha sido facilitado para atender a demanda em países como Hungria, República Tcheca e Eslováquia, segundo analistas consultados pela Broadcast.

O jornalista paulista Gabriel Caldeira relata a inflação global e seu impacto no crescimento econômico e na política monetária dos países desenvolvidos.

No relatório mensal, a Âmago Capital avaliou três fatores que prevaleceram sobre a percepção pessimista do mercado em maio: a história de crescimento da China acabou; a guerra da Ucrânia parece não ter fim; e empresas de alto crescimento estão fadadas ao fracasso nessa nova fase econômica.

Os analistas observam que "as restrições à mobilidade tiveram um grande efeito na economia chinesa, levando o governo a adotar uma série de medidas de estímulos, que podem ter um efeito positivo relevante nos próximos meses".

Por outro lado, a guerra na Ucrânia será "longa e causará problemas de oferta por muito tempo", aponta a Âmago. 

"Um terceiro consenso do mercado é que empresas de tecnologia e de crescimento devem ser evitadas e que tais empresas devem renunciar ao crescimento em busca de melhora de suas margens operacionais", acrescenta.


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