Com o novo aumento da taxa selic a 13,25% ao ano, o que acontece com os investimentos?

Com o novo aumento da taxa Selic a 13,25% ao ano, o que acontece com os investimentos?




A renda fixa deve aumentando cada vez mais nas carteiras em meio a altas taxas de juros, ultimamente veem surgindo muitas oportunidades.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou nesta quarta-feira (15) que reajustará a taxa básica de juros, elevando-a pela 11ª vez consecutiva.

Com alta de 0,5 ponto percentual, Selic passou de 12,75% para 13,25% ao ano - a maior desde janeiro de 2017

O reajuste está em linha com a maioria das expectativas do mercado, uma vez que os níveis de inflação permanecem persistentes. A expectativa agora é que a próxima reunião do comitê, em agosto, encerre o tão esperado ciclo de altas taxas de juros.

Enquanto muitos acreditam que o BC encerrará a alta da Selic nesta reunião, as pressões inflacionárias do choque sobre as commodities, especialmente o petróleo, permanecem.

Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,59%. Em um período de 12 meses, o IPCA chega a 12,20%.

A necessidade de elevar os juros decorre do atual patamar elevado da inflação, que ainda não deu sinais de arrefecimento, e seguirá nessa trajetória se não for implementada uma política mais rígida.

Embora os dados do IPCA de maio tenham sido uma surpresa, a ainda são alguns resultados que merecem uma análise mais detalhada.

Além da inflação, em uma conjuntura externa, a tendência de altas taxas de juros nos países desenvolvidos também afetará o Brasil.

Essa situação abre espaço para expectativas mais pessimistas sobre a trajetória das taxas de juros do país, que podem continuar subindo por um período prolongado devido às pressões do cenário externo.

A projeção do último Boletim Focus do dia 6 manteve a projeção da Selic em 13,25% até o final de 2022, enquanto a projeção para 2023 foi elevada em 0,5 ponto percentual para 9,75%.

As expectativas de inflação também são altas: 8,89% este ano e 4,39% no próximo. O anúncio não foi feito esta semana devido a uma greve nos servidores do banco central.

 

O que alguns investidores estão fazendo?

Selic de dois dígitos coloca a renda fixa mais atraente nas carteiras. Alguns títulos pagam aos investidores mais de 1% ao mês porque são menos arriscados do que as ações.

Antes de escolher um local para investir, é preciso considerar as características de cada produto, principalmente as regras de remuneração de cada ativo.

Os títulos de renda fixa podem ser pré-fixados quando o rendimento e o valor de resgate já são conhecidos pelo investidor no momento da aplicação; ou pós-fixados, onde o rendimento é determinado no momento da aplicação, mas o investidor só conhece o resgate valor na data de vencimento.

Em meio à trajetória de alta da Selic nos últimos meses, as taxas pós-fixadas chamaram a atenção. Eles continuam sendo uma das opções mais recomendadas.

Entre os títulos pós-fixados indexados à Selic, quanto maior a taxa, maior o rendimento do título.

A maior vantagem é que a volatilidade é muito baixa e os investidores raramente têm uma surpresa tão grande quanto outros títulos mais arriscados.

Especialistas explicam que títulos atrelados ao IPCA podem não ser a melhor opção no momento, já que a tendência é que a partir de agora o aperto monetário entre em ação, desacelerando o ritmo da inflação no país.

Uma pesquisa realizada pelos especialistas mostrou que, entre os produtos de renda fixa, os bônus de incentivo foram os títulos com melhores retornos com a Selic a 13,25% ao ano.

Os bônus são títulos emitidos por empresas privadas como forma de financiar seus investimentos e, por serem isentos de imposto de renda, são uma boa opção para os investidores.

Vale a pena aumentar sua posição em títulos públicos e privados de renda fixa, mas fique atento a todos os detalhes: 

Títulos de taxa flutuante porque são menos arriscados do que títulos de taxa fixa. Mas investidores mais informados também podem estar interessados ​​em títulos corporativos de renda fixa.

Com o mercado já precificando ganho de 0,5 por cento na reunião desta quarta-feira, a correção da Selic não deve ter grande impacto nos ativos da bolsa.

Mesmo assim, o cenário de juros altos é mais atrativo para alguns setores do que para outros.

Isso deve chamar a atenção dos investidores. Nestes momentos de juros altos e poder aquisitivo em queda, a melhor indicação é evitar essas empresas de consumo, pois são mercados onde as margens são mais apertadas, em alguns casos a alavancagem é alta e pode ser afetado.

Outros setores que também dependem de taxas de juros para se financiar - que podem ser afetados durante o ciclo de expansão - incluem construção civil, varejo e tecnologia.

Espero ter ajudado você de alguma forma com esse conteúdo, lembrando que esse artigo é de cunho educacional, não fazemos recomendações de compra ou venda de ativos.


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